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dani eizirik [riacho]
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qual foi o primeiro contato com publicações de artista?

em boas temporadas, um primeiro contato a cada dia. 

quando e como começou a publicar?

acho que foi ali por 2010/2011, fazendo um mexe que hoje daria para chamar de publicação. eu comecei a montar umas zines e lambes, todo tosco em xerox do mais barato... tirava cópia dos cadernos e gostava de montar tudo na tesoura e cola bastão. desenhos, trecho de diário e ficção misturado com panfleto e informativo ativista, tudo autoria ficcionalizada ou anônima. relatos anti-manicômio, encontros da rua, poemas, lambes de fotos antigas em bairros gentrificados, mapas mentais, cartaz de show, desenhos em ocupas da luta por moradia, alerta sobre barragem de hidrelétrica, declarações de amor. as zines eram a5, os lambes eram pra colar com grude na cidade e estradas, às vezes emendando várias folhas a3 fazia uns formatos longos como colunas com texto e desenho.

 

fale sobre a riacho.

a riacho deságua miudinha em 2016. um fiapinho d'água. o mineiros foi agraciado com um prêmio dente de ouro: metade do prêmio foi gasto na própria feira dente, a outra metade usei pra organizar e botar um site no ar. uma "página web", lembra quando tinha internet? mas serviu, na época a organização desse domínio www.riacho.me foi gatilho pra organizar o resto da plataforma.

no fim de 2016 eu tentava, a duras penas de serpente, cruzar a cordilheira dos andes por terra com chana, tuane e lufe, enquanto editava o “nébula” de bobby baq ao longo da bolívia. nesse trânsito que pintaram os porquês do nome, identidade e afluentes da riacho. depois disso, foi tomando rumos pelo próprio fluxo e se desenhando sozinha. 

como você pensa na circulação das publicações?

de mão em mão, no boca a boca e, sempre que possível, com olho no olho. 

por que publicar?

para provocar mudança. para transmutar. 

indique três publicações que te fazem querer continuar publicando.

a revista "aru", das comunidades da bacia do río negro colaborando com o isa;

"cuíerlombismo literário", da tatiana nascimento, padê editorial;

"kelly truque", de joão regina e vini domingues, frutinhas publications;

"el livro de los saberes", v.a., planetaria (méxico) y editorial tierra del sur (argentina).

se quiser, conta pra gente: como você e a flamboiã se conheceram?

conheci pela rede, provavelmente sussurrada em algum encontro gráfico que incendiava o ano do golpe. recebemos convite para expor naquela flamboiã do palácio cruz e souza, não lembro se na época expusemos como riacho, ou faca na manteiga, ou chana & dani. essa flamboiã foi foda, muito brotou dali, encontro de flores e toda rede poliniziadora. 

conheça a riacho:

riacho.me
instagram.com/riacho.me

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