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stefano maccarini [tefopress]
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qual foi o primeiro contato com publicações de artista?

foi em 2012 quando comprei um zine de um punk no festival ufsctock. na época não entendia aquilo como publicações de artista mas mais como um gibi punk. eu comecei a ligar isso com a fotografia, que era uma coisa que eu fazia muito na época, e acabei esbarrando na internet com alguns zines de fotografia gringos que tinham umas fotos bonitas e um design editorial bem simples. daí pra eu achar que conseguia fazer um também foi um pulo.

quando e como começou a publicar?

foi em 2013. eu tava me formando da faculdade e tinha um zilhão de fotos daquele período, tava me mudando pra uma cidade que não conhecia ninguém e senti uma vontade de criar um objeto que contasse um pouco da minha história até ali, meus amigos, meus rolês, minhas ideias. eu aprendi a mexer no indesign assim meio toscamente e imprimi 20 cópias de um zine de fotos que vendi e distribui entre amigos. nem tinha tefopress ainda, era só uma vontade mesmo de mostrar o que eu tava fazendo pras pessoas ao meu redor.

fale sobre a tefopress.
a tefopress surgiu depois que uma amiga (lívia aguiar, eusouatoa) me convidou pra participar de uma feira de publicação. ela sabia que eu tava começando a editar zines de fotos minhas e de outros amigos e amigas, me ensinou via skype alguns formatos de zine diferentes, e me inscreveu na feirinha pantasma, que era organizada pela taís toti. isso já foi em 2014, acho que no segundo semestre. nessa feira eu conheci pessoas maravilhosas que tão do meu lado até hoje e acabei pegando um gosto por mostrar o trabalho meu e dos meus amigos e amigas pras pessoas.

daí começou a ter meio que um “boom” de feiras de designer, de publicação independente, foto, zine, enfim, vários tipos de arte impressa, em todos os lugares da cidade. aí eu fiz um site bem mequetrefe no cargo e mandei pra feira plana que na época era a que mais bombava e acabei participando da 3ª edição. lembro que era muita gente nessas feira, uma loucura, famosos globais vinham na mesa pedir pra comprar no cartão mas eu só aceitava dinheiro hahahaha. daí pra frente acabei participando de várias, todas que eu conseguia me inscrever eu mandava. acabei sendo bastante influenciado pelo tipo de material que circulava nessas e pelo própria lógica mercadológica dela. eu tinha muito gasto publicando zines de foto em papel pólen com 40 páginas de coisas que só eu me interessava e acabei abrindo o olho pra outros formatos tipos pôsteres e cartazes e zines só de texto, baratinhos, que vendiam muito bem nas feiras. as preocupações financeiras nunca foram prioridade na tefopress mas digo que foi a partir daí que a editora larga o osso da fotografia e começa a olhar pra outras coisas: publicação de textos de artistas mortos e vivos em formato de zine, publicação de capítulos de livros anarquistas, trabalhos meus e trabalhos colaborativos.

desde então a tefopress já publicou e distribuiu camisetas, fitas k7, documentários, livros de artista, panfletos, podcast, enfim o que der na telha. o único compromisso editorial, digamos assim, que a gente tem é a publicação de 1 zine anual colaborativo, o que vier pra além disso é lucro.

como você pensa na circulação das publicações?

eu não penso, deixo vocês pensarem por mim. hahahahahaha. brincadeiras a parte é meio verdade, enquanto sei lá, artista, editor, publisher, dependo muito do trabalho de vocês, gabi e marcos, pra fazer o meu trabalho circular. eu faço duas feiras por ano, quando tem flamboiã, se não é só uma. além disso meu trabalhos circula nos lançamentos de zine e shows da minha banda. então são poucas oportunidades em um ano se você for pensar. mas hoje é o único jeito que eu quero que as minhas publicações circulem. tentei vender as coisas pela internet, mas é foda, como sou sozinho e tenho mais outros três empregos não consigo dar conta da logística de ser uma editora com que faz e-commerce. e outra, não é nem só por isso, acho que estar em feiras e ter que competir pela atenção das pessoas na vontade de vender um trabalho seu ou de um amigo fez com que eu acabasse gostando muito de falar e apresentar os trabalhos pras pessoas. além de ouvir um retorno ali na hora de quem tá conhecendo o teu trabalho você acaba fazendo amizades e conhecendo pessoas que têm um interesse em comum com você muitas vezes.

por que publicar?

pra que o meu trabalho e o trabalhos dos meus amigos e amigas atinjam mais pessoas.

indique três publicações que te fazem querer continuar publicando.

“revista pé de cabra”, “cidadãos, voltem pra casa #1” da glac edições e o conjunto da obra da editora no gods no masters.

se quiser, conta pra gente: como você e a flamboiã se conheceram?

eu tinha caído de gaiato numa feira de designer em floripa. chegando lá sem novidades, designers vendendo almofadas personalizadas de game of thrones. acho que era uma das primeiras feiras grandes que tinha por lá então teve um interesse muito grande. mas eu cheguei e tava bem desacreditado do meu trabalho e das próprias feiras já, me sentindo cansado e parando de ver sentido naquilo tudo. como nunca tinha voltado pra floripa pra mostrar meu trabalho, fui né... no fim do dia chega o marcos falando pra algum colega do ceart que ele tinha gostado dos meus trabalhos e apontando e mostrando pá e tal. acho que foi nesse dia que eu também conheci a gabi, que aparentemente tinha gostado do meu trabalho também. não sei, eu tive muita sorte desse encontro, que a gente tinha tantos interesses em comum e que a gente era do interior na capital. se não fosse isso talvez eu nem estivesse mais publicando hoje.

conheça a tefopress:

tefo.press

instagram.com/tefo.press

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